Ele não fuma, fala coisas bonitas, não bebe exageradamente,
apenas em ocasiões especiais. Ele lê, na verdade, ele ama ler, e faz disso uma
rotina em sua vida. Ama o cheiro do livro velho na estante, e quando o pega,
acha aquilo fascinante. Ele, certamente, gosta de dar o valor que as palavras
merecem, e não as estraga em vocabulários chulos em meio uma escrita. Ele passa
a mão por baixo do meu cabelo, com uma sutileza que só ele mesmo sabe fazer, me
puxa para perto. Ele sabe usar seu bom humor nas horas certas, no entanto,
quando a seriedade precisa de um espaço, ele sabe como o fazer. Ele não deixa
se levar por qualquer opinião, e sua personalidade é algo que lhe cabe. Ele ama
assistir filmes em um colchão jogado no chão da sala, e abraçados, enquanto eu,
simplesmente, escuto o ofegar vindo do seu peito. Ele tem o sorriso mais
encantador que um vampiro lindo de série de TV. Ele tem a mão bonita. É, eu sei
que é estranho, mas mãos me chamam atenção. Ele não se importa quando sou estúpida,
pois ele entende que aquele é o momento em que quero extravasar, que preciso
gritar, falar alto, chorar, se for preciso, e ser tranquilizada por um abraço de
compreensão e carinho. Ele precisa me segurar firme, não exatamente em momentos
de carinho mútuo, e sim, nos momentos em que nada parece estar fácil, nos
momentos em que o mundo pode cair, e que ele - somente ele -, pode me deixar
segura. Ele precisa sentir ciúmes, ás vezes. Não aqueles tipos de ciúmes que o
casal briga á todo tempo, que não conseguem nem ver um comprando um suco na
padaria da esquina, e já acha que está dando mole para o padeiro. Não esse ciúme.
Um ciúme que faça a pessoa ficar um pouco bravinha, umas briguinhas, talvez, e
uma reconciliação perfeita. Ele precisa ser o que eu preciso, e assim, serei a
reciprocidade que ele espera. Ele precisa ser meu, e de mais ninguém, consequentemente,
meu coração não será de mais ninguém também. Ele precisa ser o que um dia eu
esperei. Ele precisa ser você!
Thays Ribeiro
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