Não é a morte que assusta, e sim, a falta da presença da
pessoa que se vai, ou, da pessoa que fica. A mesma dor de quem fica, é a mesma
dor de quem foi. Se, ao menos, tivéssemos a certeza de que haveria uma maneira
de estar perto em outro plano. Se, ao menos, morrêssemos e tivéssemos a chance
de estar ao lado de quem queremos estar. Desse jeito a morte não seria tão
ruim. Dizem que ela não é tão assustadora quanto parece ser, e, dizem até, que ela
lhe acolhe como uma amiga. Não há relatos de que sejam fatos verídicos. Mas, na
verdade, o que na vida é certeza além da morte? Só resta acreditar que seja
verdade, e que ela nos acolha como uma amiga, e segure nossa mão como uma Mãe
segura na mão de um filho para que ele não tenha medo. Não existe foice, nem
mesmo rosto assustador, e, sim, uma calma, e luzes a iluminar. É melhor forma
de vê-la que alguém pode idealizar. Dizem, também, que não adianta correr dela,
pois se é você que deve estar ao lado dela naquele momento, então, é você que
será o acompanhante da vez. E, nesse caso, deve ser verdade. Nada acontece por
acaso, e se aquela hora você tem que partir, portanto, será aquela hora. Não
tem como mudar os planos da vida... Ou, da morte. Dói, realmente dói, ver alguém
que amamos partir, ou partirmos deixando quem amamos. Mas nada disso muda.
Estamos aptos á viver esse momento hoje, amanhã, ou qualquer momento apropriado
para ela, a morte. Acho que ela não quer que tenhamos medo dela, só que
respeitemos o seu tempo, sua hora. E se for como dizem, se existir outra vida
após essa, nos encontraremos por lá, de um modo mais especial ou estranho. Mas,
não se preocupe, nos encontraremos.
Thays Ribeiro
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