Entre papel e canete estão minhas dores, minhas alegrias, e alguns poemas. Entre papel e caneta estão as lembranças que, por pura circunstância do momento, tornam-se repetidas doses de sofrimento. Entre papel e caneta está a história, o conto contado por quem conta, e não por quem sabe escutar. Entre papel e caneta está uma rosa desenhada, e, com a permissão da caneta, é preenchida por um Fabber Castel vermelho, dando-lhe vida, se assim quiser. Entre papel e caneta estão as notas que compõem uma bela melodia. Está o poema que Romeu, cheio de amor, recitou para Julieta. Entre papel e caneta estão os rascunhos da melhor obra literária. Entre papel e caneta estão linhas e mais linhas, á espera de um pouco de emoção. Entre papel e caneta está você e mais alguns. Está o cansaço, a perda, e, contudo, a esperança. Entre papel e caneta há palavra querendo ser transformada, e imaginação querendo ser usada. E, entre papel e caneta estou eu, tentando despejar o que me transborda a alma, e mais algumas frases inventadas. E o mais importante: Entre papel e caneta há um mundo a ser descoberto. Vá em frente, tente!
Thays Ribeiro
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