Ela consegue ver nele o que ninguém mais pode ver. Ela sabe
cada sonho que ele costuma ter. Ela adora as covinhas que se faz na face dele
quando um súbito sorriso transparece. Ela se encanta ao ouvi-lo tocar no violão
a canção que a faz lembrar do passado. Ela não o nega como seu amor, e mostra
para os quatro cantos do mundo que ele é sua inspiração, seu motivo para
transcrever em um papel seus sentimentos mais profundos. Ela o vê todas as
noites, mesmo não sendo em presença física; pode ser em uma fotografia guardada
embaixo do travesseiro, onde todas as noites sua cabeça descansa e dorme com a
imagem dele. Ela não se submete a exageros, é algo involuntário e tão singelo
quanto um bater de pálpebras. Ela não sabe o quanto de amor leva consigo, mas sabe
que o leva. Ela nunca deixa de citar o nome dele em alguma conversa paralela.
Ela lembra de todos os momentos vividos, basta fechar os olhos que tudo passa
como se estivesse voltando em uma máquina do tempo. Ou, ás vezes, nem é preciso
fechar os olhos, somente lembrar. Ela não se esquece das datas, das risadas,
das palavras, e muito menos, das promessas que não se cumpriram. Ela sabe o que
ele sente á cada olhar reluzente. Ela estende sua mão para o ajudar quando for
preciso, mas não pede nada em troca. Ela consegue vê-lo feliz do outro lado e,
mesmo assim, fica feliz por saber da felicidade que nele se faz presente. Ela
ama ele, e ponto final.
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