sábado, 1 de setembro de 2012

Além da vida que conhecemos


Era verão de 2007, uma brincadeira fez-se desculpa para a união de dois lábios. No início, houve êxito da parte dela, pois ela não queria um envolvimento com ele naquele momento. Ele, no entanto, almejava aquele instante um beijo dela. Mas não adiantava os ‘’nãos’’, ela queria aquilo tanto quanto ele. Ela já estava totalmente envolvida e encantada para deixar aquela oportunidade escorrer por suas
mãos. Não adiantava êxitar, era pra ser. Então, aconteceu. O encontro de duas almas se fez. Nela, as clichês, mas verdadeiras, borboletas. Nele, o princípio de uma paixão avassaladora. Aquele sentimento era quase que desconhecido para ele, principalmente, para ela. Eram jovens, amava com facilidade, mas verdadeiramente, só souberam o significado quando se fizeram apaixonados um pelo outro. No rosto dela um sorriso todas as vezes que o via. Nos olhos dele o brilho mais iluminado que já reluziu para ela. Juntos pareciam que nada mais existia, apenas eles, e mais ninguém. Tudo era motivo para um ‘’eu te amo’’ ou, então, um ‘’vou ficar ao seu lado sempre’’ – quando o medo assombrava ela. Tudo feito era de comum acordo, eles não se submetiam a desempenhar muitas coisas sozinhos. Pois a presença um do outro era essencial. Cada sonho dele tinha um pedaço dela, e cada poema escrito por ela tinha como inspiração ele. A forma como eles se viam era a mais bela que se podia enxergar. Era um amor sincero, sem cobranças e sem maldade. Era puro, mágico; algo único. Até hoje ele está na alma dela, e ela na alma dele. Pois os corações partiram-se; foram consumidos pela morte. Mas as almas deles ainda caminham de mãos dadas por entre a vida que desconhecemos. 

(Thays Ribeiro)

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